24/07/2009, 7h40, hoje de manhã,
indo para o centro do Rio, subida da Avenida Niemeyer, céu cinza-escuro.
Lys pergunta:
- você fumava pela manhã, assim, logo que acordava?
parênteses 1 (namorava Lys há 9 meses quando parei de fumar)
parênteses 2 (Lys nunca sequer sugeriu que eu parasse de fumar)
O motorista do carro da frente batia suas cinzas na rua, soltando aquela fumaça pela janela, provavelmente um dos primeiros cigarros do dia.
Respondi:
- como você não lembra? Com você, eu pelo menos passava um cafezinho antes de acender o primeiro. Normalmente, acendia logo depois de acordar. Até chegar no trabalho eu já tinha fumado uns três ou quatro.
***
O que foi impressionante dessa história é que logo depois desse papo eu comecei a pensar em quando eu fumava, quando acendia um cigarro menos de um minuto depois de acordar. E então veio-me forte a sensação clara da tragada, daquele embrulho no estômago logo cedo, daquele gosto ruim de cinzeiro. Eu me forçando a dar outra tragada, o cigarro insosso, o fumar por fumar por não conseguir não fumar.
Me bateu um enorme arrependimento por causa disso! Que lixo.
Lembrei da frase, acho que do Ferro: "você vai se lamentar por não ter parado antes"!
Isto está muito, mas muito longe de mim hoje em dia, mais de 1 ano depois.
Hoje (opa!), 25/07/2009, 1h22 da manhã.
câmbio k
Há 14 anos