sábado, dezembro 27, 2008

Quase 2009

A primeira vez que eu tentei parar de fumar foi no final de 1999. Eu estava acabando a graduação e vinha de um ano exaustivo, cheio de atividades diversas. Quando viajei para Brasília para passar o Natal, estava nos primeiros dias de abstinência. Depois do Natal, entrei em um ônibus em Brasília com destino a Porto Alegre: muitas, muitas horas dentro do ônibus. Recordo-me até hoje de um momento que ocorreu em uma das paradas do ônibus - eu lutando contra mim mesmo, convencendo a mim mesmo que não devia fumar um cigarro antes de subir de volta. Resisti e consegui, pelo menos naquele momento. Foi talvez a primeira semana dos cinco meses que consegui ficar sem. Pois bem, 2009 já está batendo na porta e essas lembranças estão voltando à minha cabeça. Abstinência, decisões, anos velhos e novos. Agora com o blog sinto-me mais forte, pois as experiências estão escritas e estampadas aqui - acho que fica um pouco menos difícil de não sofrer com a recaída.
Que 2009 seja o primeiro ano completo sem cigarros desde muito tempo!!!
Feliz ano novo para todos!!!
Abs K

segunda-feira, dezembro 22, 2008

159 dias

Quase 4000 cigarros! Ou 200 maços!! Ou 20 pacotes!!!
Isto que é presente de Natal para mim mesmo!!!!
Daqui a pouco já serão 6 meses... Que beleza: nada a reclamar, muito a comemorar.
Que continue assim, sempre atento ao fantasma do unzinho - e da recaída.
Sábado fui a uma festa de Natal de amigos, muitos fumantes e, mais uma vez, nenhum cigarro. É impressionante a força que temos quando estamos conscientes e satisfeitos com nossas escolhas!
Abs K

sábado, dezembro 13, 2008

Alarde

150 dias!!!

sexta-feira, dezembro 12, 2008

Incentivo

Já são 3745 cigarros que não precisaram ser apagados!

Encruzilhada

Em Botânica existem uns guias de identificação de plantas chamados de chaves dicotômicas. Em cada passo de identificação, você tem duas opções (a dicotomia) para seguir adiante no guia, até se chegar nas famílias, gêneros e até espécies.
Estou me sentindo atingir uma encruzilhada, ou uma nova dicotomia da minha identificação pessoal, do tipo:
1) ele consegue ficar 5 meses sem fumar - siga nesta página;
2) ele não consegue ficar mais do que 5 meses sem fumar - siga para página seguinte.
Tenho pensado bastante sobre os meses que já passaram, e em tudo o que está por vir. Continuo com medo da recaída, de um dia jogar tudo para o alto e filar um cigarro de algum fumante. Não estou experimentando uma vontade doida de fumar - a fissura. Apenas estão vindo recordações do hábito, do cigarro bom, de pegar um maço novo, acender um cigarro. Já li sobre isso em alguns blogs, sobre a lembrança afetiva apenas daquele cigarro super-saboroso, tipo o de depois do café de depois do almoço.
Por isso mesmo, levanto a guarda, reafirmo minha decisão, mas tenho que reconhecer: bate aquele sentimento de nunca mais mesmo?? Tem certeza?
Tenho.Tenho.Tenho.Tenho.
É isso aí.
Abs K

terça-feira, dezembro 09, 2008

Link

Ainda vou ler com mais calma, mas parece interessante:
http://www.cigarro.med.br/indice.htm

abs K

"Ninguém muda nada se não acreditar que pode"

Esta frase tem muito a ver com a decisão de parar de fumar.

Em alguns posts antigos falei sobre a luta pessoal, sobre os processos de decisão, escolha e auto-convencimento pelos quais nós, futuros ex-fumantes, passamos antes de efetivamente parar de fumar. Pois bem, eu acredito que nós só conseguimos mesmo parar quando estamos decididos e bem resolvidos, e quando realmente acreditamos que o podemos deixar o cigarro de fora de nossas vidas - tal como versa o título do post.

O curioso nisso tudo é que este título foi uma propaganda dos cigarros Free de 23.08.2000. É mole? O que isto queria dizer ao consumidor? Qual era o objetivo subliminar? Era dizer que devemos acreditar que o cigarro pode mudar nossas vidas?

Outra pérola: Existe um lugar onde o homem é dono do seu próprio destino!
Esta foi do Marlboro. O lugar, claro, era o mundo de Marlboro.

Quanto desperdício!

abs K

PS: Em um futuro post, compilarei vídeos de propagandas de cigarros, quando elas eram permitidas. Para se pensar em como éramos bombardeados subliminarmente... ou não!

PS2: Por ora, deixo este link para um site sobre a propaganda de cigarros, onde eu encontrei a pérola deste post.

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Pra lembrar

Compared to smokers, your...
  • Stroke risk is reduced to that of a person who never smoked after 5 to 15 years of not smoking.
  • Cancers of the mouth, throat, and esophagus risks are halved 5 years after smoking.
  • Cancer of the larynx risk is reduced after quitting.
  • Coronary heart disease risk is cut by half 1 year after quitting and is nearly the same as someone who never smoked 15 years after quitting.
  • Chronic obstructive pulmonary disease risk of death is reduced after you quit.
  • Lung cancer risk drops by as much as hslf 10 years after quitting.
  • Ulcer risk drops after quitting.
  • Bladder cancer risk is halved a few years after quitting.
  • Peripheral artery disease goes down after quitting.
  • Cervical cancer risk is reduced a few years after quitting.
  • Low birthweight baby risk drops to normal if you quit before pregnancy or during your first trimester

sábado, dezembro 06, 2008

Novo blog na área

É o http://abandoneiocigarro.blogspot.com

Ainda não sei como chamar a autora, que se auto-intitula Determinada. E é mesmo! Está na luta há cerca de 2 semanas e meia e tem mostrado enorme determinação. Seja bem-vinda ao clube!!

Não há muitos blogs BCTs sendo atualizados com regularidade, mas alguns ainda são. Estamos aí! Qualquer coisa é só chamar!!!

abs K

sexta-feira, dezembro 05, 2008

Será que os funcionários da Souza Cruz ganham pacotes de cigarro de brinde no Natal?

Ontem tomei umas cervejas literalmente na porta do prédio da Souza Cruz no centro do Rio. Lá pras tantas percebi alguns cinzeiros estilosos, estrategicamente presos nas paredes da entrada do prédio. E vislumbrei ali uma mulher fumando o seu cigarrinho, terminou, jogou a bituca no cinzeiro chique e entrou de volta no prédio.

Ora bolas, será que nem no centro do tabagismo se pode fumar hoje em dia?

Lancei a pergunta na mesa em que estava e lá vieram os comentários de que o cigarro perturba os não-fumantes, que só porque uma pessoa trabalha na Souza Cruz não quer dizer que ela deve ser pró-cigarros. Tudo bem, eu sei. Apenas achei curioso que, na sede de uma empresa que visa estimular e propagar o consumo de tabaco, não se possa dar umas baforadas sem precisar descer até o fumódromo (leia-se rua). Daí vem a pergunta do título deste post.

Mudando de assunto, aproxima-se a marca de 5 meses sem fumar!!! Coisas incríveis.

Beto: você, novamente, matou a charada, amigo. É isto mesmo!!!

Abs K

quarta-feira, novembro 26, 2008

Sem assunto


Mais de R$480 que não foram gastos com cigarros!
Os dias vão passando e as lembranças do cigarro diluem-se na memória. Há dias, porém, que são um pouco mais difíceis que outros, ou que a memória afetiva é realçada. São nesses momentos que devo estar atento à recaída.
Estou chegando na marca de cinco meses sem fumar! Ao mesmo tempo, o peso de estar consciente da dificuldade de nunca mais dar um mísero traguinho às vezes assusta.
Lembrei-me da mãe de uma amiga minha que, ao visitar-nos em Campinas, me disse: "vê se pára logo porque quanto mais você fumar, mais difícil será parar". Sábias palavras!!! Vale como lembrete para aqueles que pensam em começar a fumar, embora eu saiba que conselhos como este raramente surtem efeito...
Tô viajando aqui, mas, no fundo, a verdade é que está sendo menos difícil do que eu antecipava. O mais importante é ter a certeza pessoal de que é possível, melhor e desejável viver sem o cigarro. Trata-se de uma conclusão e um comprometimento individual!
Na verdade, estou meio sem assunto...
Abs K

quinta-feira, novembro 13, 2008

Outro número redondo

120 dias sem fumar. Como eu escrevi antes, alguns dias são mais difíceis que outros. Por isto mesmo, tem aqueles dias em que eu nem penso no cigarro. Vou trabalhar, saio pra almoçar, volto pra casa, saio de noite e não sinto falta. Isso é bom, exemplifica que não estou tão preso assim a um passado do qual tento me desligar. Pô, quatro meses não são quatro semanas!

Mas nada está ganho. Para muitas pessoas que eu conto o que está acontecendo, eu já parei, estou livre, não tem mais volta. Mas eu sei bem, por experiência própria, que não é assim. E tenho outros exemplos, entre os BCTs. Mas também há vitórias, vide aí o primeiro ano livre "dele" completado por nosso amigo Ferro. É isso, bola pra frente e foco no futuro!

Abs

quinta-feira, outubro 30, 2008

Tem dias

Tem dias em que é mais difícil ficar sem fumar. Hoje, juro, cheguei a sentir o gosto da fumaça na minha boca. Engraçado. A caminho do ponto de ônibus passei por uma banquinha de balas, onde estavam expostos alguns maços abertos para a venda a varejo. Como seria simples pegar um desses, a 30 centavos, fumar, jogar a bituca no chão e (tentar) esquecer de novo o cigarro. O difícil seria exatamente a última parte: esquecer de novo o cigarro. Não dá. Ou melhor, pra mim, não dá.

Lembro de uma passagem do livro Christiane F., em que, após a primeira desintoxicação química da heroína, ela e o namorado saem de casa e pensam no que fazer naquele momento. Dizia ela que havia como que uma linha invisível que os puxava de volta aos mesmos lugares que eles frequentavam com os outros viciados: onde havia o meio de conseguir dinheiro, onde havia a venda de heroína e onde havia o consumo da droga. Eles, apesar de estarem "limpos", permaneciam ligados ao passado, à realidade do viciado. Onde mais poderiam ir, senão de volta à rotina?

De certa forma, vejo o cigarro assim também. Existe uma espécie de fio intangível que nos relembra sensações (somente as boas), que nos relembra do vício. Ontem estive com três amigos fumantes de Marlboro Lights. Peguei um maço (pra relembrar como ele era!) e fiquei com medo do cigarro. Voltando ao assunto, penso que se fumasse um cigarro - apenas um - este fio acabaria por me trazer de volta à realidade de fumante. Particularmente hoje foi um dia em que pensei bastante no ato de fumar, observei cada fumante que vi na rua, e reafirmei minha vontade de parar e minha disposição em me manter "clean".

Passei dos 100 dias! O próximo número redondo a ser alardeado será 150 dias - redondos 5 meses. Na vez que eu fiquei mais tempo sem fumar (antes desta tentativa), voltei após 5 meses. Quando eu chegar lá novamente, portanto, igualarei o meu recorde e estarei pronto para batalhas árduas e decisivas que certamente virão.

Despeço-me com um pequeno poema:

Tem dias
Tem dias que é mais fácil me deixar levar
Tem dias que eu não me deixo ser levado
Tem dias que não consigo levantar
sem reclamar
Tem dias que acordo e ordeno que o sol não tarde em levantar
Tem dias que não aguento esperar o dia acabar
Queria é me acabar com o dia

Grande abraço a todos
K

sexta-feira, outubro 24, 2008

100 dias!!!

quinta-feira, outubro 23, 2008

Nova atualização

Estou há 99 dias sem fumar!! E tudo vai muito bem.

Para minha sorte, não precisei tomar o tal do Champix (vide post abaixo). Lembro-me que cheguei a perguntar para um cardiologista sobre o tal do remédio da Pfizer, mas ele (com muita perspicácia, diga-se de passagem) me recomendou esperar para ver se o remédio era eficiente mesmo, pois estava há pouco tempo no mercado e ainda não havia muitos relatos sobre sua atuação e efeitos colaterais. Eu conheço uma pessoa que tomou Champix por 1 mês (o tratamento recomendado é de 3 meses, no mínimo) e conseguiu parar de fumar. Disse que o único efeito colateral que sentiu foi um pouco de náuseas. Enfim, pelo que já li, o que mais assusta no remédio é o efeito colateral de ter sonhos estranhos e pesadelos surreais. Quanto a mim, que não usei nada - nem chiclete de nicotina - sofri bastante nos primeiros dias, mas agora está tudo beleza pura! Amanhã alcanço os 100 dias, três dígitos!!!

Abs a todos os amigos! K

Medicamento antifumo da Pfizer pode levar à morte, dizem pesquisadores

(da Folha Online)
Pesquisadores norte-americanos afirmaram nesta quarta-feira (22) que o Chantix, medicamento para inibir a vontade de fumar produzido pela Pfizer, pode causar lesões e até levar à morte. No Brasil, o medicamento, que leva o nome de Champix, está aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e é comercializado desde 2006.

Segundo pesquisa da Universidade Wake Forest junto ao ISMP (Institute for Safe Medication Practices), foram registrados mais de mil problemas de saúde e lesões no primeiro trimestre deste ano em doentes que tomavam o medicamento, incluindo 50 mortes.

Os cientistas analisaram dados de pós-comercialização submetidos à FDA (agência reguladora de produtos alimentícios e farmacêuticos nos EUA) de pessoas que utilizaram a droga, que foi aprovada para venda em 2006.

Em comunicado, a Pfizer afirmou que estava ciente dos tipos de riscos analisados, porém, declarou que os relatórios são inconclusivos. Para a empresa, o Chantix é seguro e eficaz quando utilizado corretamente.

O estudo afirma que a FDA revisará todos os relatórios, mas ninguém da agência foi encontrado para comentar as recentes descobertas. O próprio Chantix alerta que pode causar depressão, comportamento suicida, agitação e outras atividades incomuns.

Em maio deste ano, pesquisadores relataram o primeiro aumento de acidentes graves relacionados ao medicamento, como problemas na visão e cardíacos.

O diretor médico da subsidiária brasileira, João Fittipaldi, afirmou que o medicamento é seguro e só deve ser utilizado com prescrição e acompanhamento médico. De acordo com ele, o estudo divulgado hoje nos Estados Unidos trata de "relatos espontâneos" e não é "possível estabelecer relação de causalidade" entre os problemas de saúde e o Chantix.

"É um produto que trata de um vício. Mesmo quando se pára de fumar sem o uso de medicamento, [a pessoa] pode apresentar uma série de alterações físicas e comportamentais", afirmou Fittipaldi.

A reportagem tentou contato com a assessoria de imprensa da Anvisa para comentar o caso, mas ninguém foi encontrado por volta das 18h30 desta quarta-feira.

segunda-feira, outubro 13, 2008

89 dias

No começo de minha empreitada, perguntava-me várias vezes se teria forças para deixar o cigarro. Acho que, nas primeiras noites, a sensação marcante foi o medo de fracassar e perceber que eu realmente não conseguia me livrar de algo que já era um fardo para mim. Em vários momentos eu dizia para mim mesmo: "preciso parar de fumar"... mas a perspectiva de não ter mais aquele "companheiro", aquele passatempo, que estava sempre comigo nos pontos de ônibus, nas filas, nos shows, na praia, era de botar medo mesmo. Como é que eu vou fazer nessas horas??
Simplesmente passar por elas. Isto, que no começo era motivo de medo e apreensão para mim, tornou-se uma coisa normal. Acho que é melhor passar por estas provações de uma vez do que evitá-las no começo, para depois dar de frente com elas.

Agora estou prestes a completar três meses sem cigarro. E creio estar conseguindo ver o cigarro com outros olhos. No sábado fui a um show com vários amigos fumantes. Nesta noite eu teria facilmente fumado um maço, ainda mais depois de ter assistido a atuação pavorosa do meu time... Mas não fumei, resisti, e acordei no domingo feliz comigo mesmo. São sensações antagônicas, ao mesmo tempo que admiro uma tragada e me dá vontade de fumar de novo, sinto uma repulsa e vejo-me longe "dele". Esquisito!

Porém, não vejo muitos motivos para celebrações. O que são 89 dias ao lado de 10 anos? O único motivo de festa é não estar fumando mais. E os motivos para manter os "pés atrás" são muitos - são diversos exemplos de pessoas que ficaram 3 ou 9 meses sem fumar e depois voltaram. Eu mesmo, cheguei a ficar 5 meses e depois voltei com tudo. A meta momentânea é, portanto, bater a marca de 5 meses. Eu vou chegar lá e vou passar por ela.

Amigos Vinho e Beto, que bom tê-los por aqui. Estou um pouco distante, com muito trabalho, após de voltar de férias. Mas acompanho a luta de vocês também. Parabéns, Vinho, pelo primeiro ano! E Beto, parabéns pelos 8 meses! Nós chegaremos lá!!!

Anônima, você voltou a me visitar? Entre em contato, quem sabe podemos ajudar?

Abs a todos e, no próximo post, já terão passado 3 meses!

segunda-feira, outubro 06, 2008

Atualização

Há 82 dias não fumo um cigarro. Isto significa que já deixei de fumar mais de 2000 cigarros, ou, em outra unidade de medida, mais de 100 maços! Isto mesmo, 100 maços - ou 10 pacotes!!! Caramba.

Estou conseguindo me ver como um ex-fumante. A fissura não vem tão forte como outrora, salvo em momentos pontuais. No sábado fui a uma festa e estive rodeado de fumantes. Alguns, que eu não via há um tempinho, inclusive perguntaram-me se eu havia parado. Senti vontade, sim. Mas, por outro lado, foi natural não fumar.

Ando fazendo exercícios, alternando entre natação, futebol, caminhadas e corridas. Nada muito radical ou super-esportista, mas estou fazendo. Fui ao médico (endocrinologista) na última semana e meus exames foram satisfatórios. Recomendou-me apenas a ingestão de líquidos e a manutenção dos exercícios. Preciso perder peso!

Abs K

quarta-feira, setembro 24, 2008

Data festiva

70 dias!!!

Números redondos sempre chamam a atenção. Passam uma idéia de fim, e de recomeço. Algumas metas são atingidas, outras novas as substituem.

Pensar que 70 dias já passaram desde 16 de julho. 1750 cigarros deixados pra trás! 1751... 1752...

Próximo número redondo a ser alardeado: 90 dias!

Obrigado pela inspiração, colegas BCTs!
Anonimamente, vocês não sabem a força que os relatos passam para quem os lê!!!

Abs K

sexta-feira, setembro 19, 2008

65 dias

65 dias, quase R$250 poupados até agora!

Esta semana fiz um curso com pessoas com as quais não encontro muito no dia-a-dia. Em um belo dia estava tomando um café pela manhã e encontrei um colega de trabalho, com quem eu jogo bola de vez em quando. Estávamos conversando sobre saúde, que o pai dele está doente, contei pra ele de resultados de alguns exames que eu fiz, etc. Lá pras tantas ele disse que não tinha nada a ver com o assunto, mas que ia falar assim mesmo: "pô, cara, eu acho que você devia se esforçar pra parar de fumar". Respondi de bate-e-pronto que havia parado há cerca de 2 meses! Ele ficou me olhando e abriu um sorriso. Uns dois dias depois encontrei com o mesmo sujeito no elevador. Ele disse que teve dois tios que morreram por doenças causadas/agravadas pelo hábito de fumar, e que eu era um afortunado por ter conseguido (ou seria estar conseguindo?) parar ainda cedo. Quer incentivo melhor que este? De graça???

Pois é, o tempo vai passando tranquilamente. Há uns dias já eu não tenho vontade, nem mesmo penso, de fumar. Como eu disse antes, isto é muito bom por um lado, mas por outro é possível aparecer aquele pensamentozinho de que o jogo já está decidido. Tá nada! Já tive a experiência própria. Já vi muitos times sofrerem viradas inacreditáveis.

Pés no chão, cabeça no lugar, segurando a onda e... voilà: mais um dia de vitória!

Abs

quarta-feira, setembro 17, 2008

63 dias

Completei 2 meses sem fumar! Pensando agora, eu nem acredito que passou tão rápido. Lys diz que nem se lembra mais de quando eu fumava (exagero!).

É reconfortante saber que já deixei de fumar quase 80 maços de cigarros em tão pouco tempo. Quase 1600 cigarros!! Como era automático o ato de fumar. E o pior: como eu sabia disso e, ainda assim, não conseguia deixar de fazer.

Acho que estou vendo os fumantes com outros olhos. Vejo-os com uma certa cumplicidade, por saber pelo que passam, e, confesso, com um pouco de dó, por saber que a maior parte deles não pára de fumar simplesmente porque não consegue.

Comigo vai tudo indo maravilhosamente bem! Tenho até medo de dizer isso, parece que o jogo está decidido, mas sei que não está. Já parei por 5 meses uma outra vez e depois voltei com tudo. Não se pode baixar a guarda, nem fraquejar. Ter a equivocada sensação de que podemos nos permitir um ou outro deslize. Fico feliz comigo mesmo por não ter dado nenhum trago desde o dia 16/07. Já faz tempo! E não quero dar nem mesmo um único.

Abs

quinta-feira, setembro 11, 2008

57 dias

57 dias sem fumar.

Tudo caminha mais tranquilamente agora do que antes. Às vezes vem uma vontade maior de fumar, mas, com um pouco de auto-controle e paciência, ela vai embora. Vejo-me mesmo decidido.

Comecei mesmo a natação. E acho que vou começar a dar umas caminhadas também. Não estou tendo muito ânimo para escrever aqui... mas fica o alô. Rumo aos dois meses, no domingo!

abs

sexta-feira, setembro 05, 2008

Boa idéia

Ontem precisei resistir bravamente ao desejo de fumar um cigarro. Estava mal-humorado, cheio de coisas para fazer, na correria e senti uma vontade grande de fumar. Eu sei, eu sei que fumar não ia mudar nada do que estava acontecendo. Mas, ainda assim, a vontade veio forte. Acho que depois dos primeiros dias de abstinência foi a vez que eu mais pensei em fumar. Cheguei em casa e comecei a tomar um whisky e, depois de umas 3 doses, não me lembrei mais do cigarro.

Foi duro me dar conta que, mesmo após 51 dias sem fumar, a vontade ainda vem tão forte assim e que ainda sou fortemente conectado ao cigarro. É foda! Por outro lado, o número 51, comumente associado a uma marca de cachaça, aparece imponente no meu fumômetro, como que dizendo, por si só: a boa idéia é não acender um cigarro. Que fique claro: para MIM, esta é a boa idéia.

Rumo aos 2 meses! Abs

terça-feira, setembro 02, 2008

O dia D

O dia nacional do combate ao tabagismo foi na semana passada, acho que dia 29. Li alguns relatos de ex-fumantes que conseguiram largar o cigarro. Muitos deles declararam que resolveram parar "de uma hora para outra", deu um clique, ouviram alguma coisa, enfim, que a decisão de parar de fumar havia sido pontual e que, a partir dali, nada de cigarros.

Relendo os relatos de Tabac no Tabagista Anônimo, extraí o seguinte trecho: "O Dia D não existe. Pelo menos não como eu o estava concebendo até agora. O Dia D não é um acontecimento futuro, para o qual devemos nos preparar. O Dia D só se revelará como tal quando já tiver ficado bem atrás no passado". Eu concordo!

Nesses meus 48 dias sem cigarro, já fui perguntado por diversas vezes se eu parei "do nada". Minha experiência pessoal me faz considerar que parar de fumar não é uma decisão de momento, de "bate-e-pronto". No meu caso, acho que foi o amadurecimento de uma vontade interna, que já martelava minha consciência há algum tempo. Não me preparei para o "dia D". Não contei os dias para sua entrada em cena. Nesse sentido, concordo plenamente com Tabac. Por outro lado, também não foi uma coisa sobre a qual eu nunca havia pensado, que me deu um insight, um clique momentâneo, muito pelo contrário. Eu pensava "preciso parar de fumar" em vários momentos!

Então, o que aconteceu comigo? Em janeiro planejei uma viagem de caminhada na Ilha Grande com alguns amigos do trabalho. Eu não levei cigarros e disse a mim mesmo que não fumaria lá. Se tudo corresse como planejado, caminharíamos por uns 8 dias com mochila nas costas, e estes seriam os meus dias de abstinência (já aliando-a aos exercícios físicos). Por uma série de razões não completamos o percurso e, no primeiro momento em que percebi isto, descolei um cigarro avulso em um restaurante de PF em Dois Rios... Baixei minha bola e engoli em seco as piadinhas dos amigos a respeito do meu insucesso. Depois deste episódio até o dia 16/07, tentei marcar uns dois dias D, mas, na hora do vamos ver, sempre desandava.

Até às 18hs do dia 15/07 eu já havia fumado uns 20 cigarros. Estava em um bar bebendo com colegas de trabalho, já abrindo o segundo maço do dia. Disse a eles que aquele seria o meu último maço de cigarros - e acendi um atrás do outro descontroladamente. Cheguei em casa com mais de meio maço ainda e já meio (ou bem) alto... Já passava de meia-noite, ou melhor, já era quase 1h da manhã do dia 16/07 quando me lembrei da conversa da mesa de bar. Eu já estava deitado, mas não havia dormido. Se eu realmente quisesse parar de fumar, não poderia acabar tudo daquele jeito. Deveria ser algo solene, deveria haver uma despedida, um sincero adeus - e não um até breve. Levantei da cama sonolento, sentei-me e acendi o cigarro. Traguei profundamente, tentando perceber com detalhes cada gosto, cada cheiro, tentando discriminar cada sensação ao longo dele.

Apaguei o cigarro. Não joguei o resto do maço fora antes de dormir, afinal, se fraquejasse logo de manhã, pelo menos eu ainda os teria logo ali sobre a mesa da sala. Mas acordei resoluto e logo amassei, decidido, o resto do maço. Falei com Lys sobre um "primeiro dia de abstinência do tabaco" antes de ir para o trabalho. Ela ainda não sabia de nada a não ser da minha vontade de parar. E assim foi. O resto está descrito nos primeiros posts do blog.

Resumindo: Tabac estava certo quanto ao dia D. Eu não acredito que baste marcar um dia para parar que, com força de vontade e se preparando para tal, se chega lá. Eu concordo que identificamos o dia D apenas um tempo depois de ele ter ocorrido. Eu acredito que o sucesso neste chamado dia D é fruto do amadurecimento de sua vontade pessoal de parar, e não de um arroubo momentâneo (como já ocorreu comigo bem umas 3 vezes). É como eu disse há um tempo atrás: o sucesso está na reunião - na sua cabeça - de argumentos decisivos que lhe fazem parar de fumar. É a tal da batalha mental de você contra você mesmo. Até agora, estou tendo sucesso. O foco é lá na frente, meus pés estão no chão e eu não posso subestimar nunca, por nenhum momento, o poder do cigarro sobre mim.

Abs

48 dias

Hoje fiz minha primeira aula de natação, ou seja, após quase 7 semanas longe do cigarro eu comecei a fazer exercícios físicos regularmente. A idéia é nadar 3 vezes na semana, 1 hora por dia. Com o tempo eu vou informando se estou conseguindo cumprir os objetivos.

Medi minha pressão na semana passada, deu 12x9. Esse 9 aí está me incomodando. Portanto, um outro objetivo da natação (exercício) é tentar baixar para 8... A conferir!

segunda-feira, setembro 01, 2008

47 dias

47 dias. Eles vão passando sem muitos sobressaltos, sem muitas novidades.

Ontem, em dois momentos, lembrei bastante do cigarro. Primeiramente, fui almoçar com meus pais. Na volta, ao entrar no carro, senti falta de fumar um cigarro, coisa que sempre fazia após almoçar com eles. Lembrei, veio uma vontade de encher o peito de fumaça, quase que senti a fumaça nos pulmões. Mas, assim como veio, passou e esqueci dela logo depois. Havia um amigo médico no carro, e eu fiquei perguntando várias coisas para ele, sempre querendo receber do tão esperado reforço positivo... Mais tarde, fui novamente assistir a um jogo de futebol com amigos fumantes. Fumaça de ambos os lados e eu falando sem parar: 46 dias, 46 dias!

Reli uns posts antigos e me lembro bem de quão amedrontado eu fiquei no segundo dia, tendo chegado a chorar com medo de não ser forte o suficiente. Pois bem, hoje eu estou bem mais confiante e me sinto muito mais seguro para encarar a barra, encontrar com o cigarro e com os amigos fumantes, tomando cerveja, dirigindo na estrada, enfim, para o que der e vier. Mas nunca, nunca subestimando o dito cujo.

Vinho e Ferro: obrigado pelos comentários e pela força!
Mônica: sim, podes linkar meu blog no da ABCT. Seja bem-vinda e volte sempre!
Mary: faço questão de deixar também aqui os meus parabéns pelo primeiro ano de vitória sobre ele! Parabéns!
Beto: cadê você, irmão?

Abs

quarta-feira, agosto 27, 2008

42 dias

Atingi hoje a marca com que o sumido Artemus iniciou a fecunda divulgação de sua luta contra o tabagismo. Confesso que quando tive o primeiro contato com os blogs dos BCTs senti-me um pouco amedrontado de não conseguir chegar sequer a esta marca (42 dias).

Comecei o blog no primeiro dia de abstinência, ciente de que poderia não passar da primeira semana. Nesse sentido, o blog me fez um bem incrível. Embora soubesse que não havia leitores para as minhas linhas, tentava imaginar aquilo como um legado histórico para mim mesmo, e também para eventuais leitores no futuro.

Cheguei, e cheguei bem, aos 42 dias - ou 6 semanas redondas! Olhando para trás, para o que passou até agora, considero que o processo tem sido bastante vantajoso para mim. Após os primeiros dois dias de grande fissura, irritabilidade, mau-humor e até tremedeira nas pernas, todos estes sintomas foram abrandando. Masquei muitos chicletes por uns 7 dias, depois parei. Minha capacidade respiratória tem melhorado bastante, assim como o fôlego para, por exemplo, subir escadas e caminhar conversando (coisa que me deixava bem ofegante). Mas, indubitavelmente, o que mais mudou nesses 42 dias foi a minha satisfação comigo mesmo por estar conseguindo parar. Recordo-me de todas as vezes que disse para mim mesmo: "preciso parar de fumar", sem, infelizmente, sequer vislumbrar esta possibilidade. Agora estou vivendo isso. E o que é mais importante, estou feliz! Quando estou com a Lys, todas as vezes que bate aquela vontadezinha, aquela memoriazinha perniciosa, ela vem e me dá um beijo. Tem cigarro melhor que esse?

Apesar de tudo isso, é importante ter os pés no chão, o foco lá na frente e estar sempre alerta para não cair em tentação - e recair.

Abs

terça-feira, agosto 26, 2008

Quitômetro

Meu quitômetro pifou. Não sei o que aconteceu, mas ele não passou do "1 mês e 1 semana". Resolvi tirá-lo do ar até resolver esse problema. Por enquanto, deixarei apenas o fumômetro simples, que marca há quantos dias eu não fumo. Alguém sabe o que está acontecendo? Alguém pode me mandar o script do quitômetro? Já procurei, procurei, e não me lembro mais onde encontrei (nem de quem eu copiei)... Valeu!
Abs

Primeiro cigarro

Não, caro leitor. Eu não tive uma recaída. Tampouco corri o risco de acender só unzinho. Queria falar sobre como comecei a fumar.

Quando eu nasci, meu pai já era ex-fumante e minha mãe era fumante. Ela havia fumado durante toda a minha gestação. Eu e meu irmão crescemos em um ambiente de fumante e colecionávamos maços de cigarros vazios, recolhendo os de marcas diferentes que encontrávamos nas ruas. Apesar de acompanhar a vida fumante de minha mãe (ela só parou quando eu tinha uns 10 anos), a lembrança (boa) mais antiga que eu tenho é o cheiro da primeira fumaça de um cigarro aceso de uma tia minha, com o isqueiro de seu carro. Aquele cheiro penetrante é gostoso. Depois torna-se comum.

O primeiro cigarro que eu fumei foi no curso de inglês. Alguns professores passavam pelos corredores com seus cigarros acesos. Uma vez, antes de entrar em uma aula, surpreendi uma professora jogando seu Free aceso no cinzeiro, sem, entretanto, apagá-lo. Ela havia dado duas tragadas apenas. Peguei o cigarro e entrei no banheiro em frente. Tranquei-me em um box e traguei (na verdade, tentei tragar). Veio a tosse e a pergunta: "mas isto é mesmo tudo o que falam que é?". Pareceu-me estranho que uma coisa meio enjoativa - e mesmo repugnante - fosse capaz de viciar e fosse tão difícil de largar. Eu devia ter uns 14 ou 15 anos.

No meu colégio havia apenas uns três ou quatro fumantes, era muito incomum. Dois deles sempre fumavam no recreio, observados pela molecada. Eles pareciam querer dizer que eram diferentes de todo mundo, que não queriam se misturar. No mesmo colégio eu tive uma professora de português (fumante) que sempre nos dizia para não começar a fumar, pois "fumar é bom, se você começar, vai gostar e não vai deixar de fumar".

Depois que entrei na faculdade, tive muito mais contato com fumantes. É impressionante como se fuma em Campinas. Uma vez li uma reportagem que dizia que a indústria do tabaco usa deliberadamente esta cidade como "piloto" para campanhas, promoções e artimanhas comerciais. Faz todo sentido, pois há mesmo muitos fumantes por lá. Pois então, não sei exatamente o porquê, mas o fato é que no primeiro ano da faculdade eu me vi comprando uns maços de cigarro e literalmente tentando fumar! O termo certo é esse, eu acho que eu não sabia tragar, batia aquele enjôo e aquela tosse característicos da inaptidão tabagística. Lembrei-me da minha tia (a que acendia o cigarro no carro), que dizia ter aprendido a tragar quando tomou um susto atravessando uma rua... Eu continuei tentando e fui, assim, ficando cada vez mais envolvido pela nicotina e pelo cigarro. Fato é que, ao fim das primeiras férias de verão - ou seja, após o primeiro ano da faculdade - eu era um fumante convicto. Comecei a minha saga de fumante, para que fique redondo, em janeiro de 1997. Desse mês até julho de 2008 foram perto de 12 anos, fumando quase ininterruptamente. Não considero que comecei a fumar para me inserir socialmente, até porque já estava inserido no novo contexto universitário para onde fui. A maior parte dos meus amigos de classe e de curso não era fumante. Acho que, no meu caso, o que pesou mesmo foi a curiosidade, a vontade mesmo de fumar, de tragar e de soltar a fumaça. Isso me lembra de mais um motivo para parar de fumar: eu não quero que um filho (que ainda não tenho), ou uma sobrinha (que terei a partir de novembro), cresça vendo o pai ou o tio fumando cigarro (já basta a afilhada linda que eu tenho ter visto...). Definitivamente, não seria um bom exemplo. Seria, sim, um fato a lamentar.

Esta é a minha história. Cheguei ao ponto de ter vergonha de mim mesmo por ser fumante. Certa vez um amigo me perguntou: "logo você, Karenin, geneticista, fumar mais de um maço por dia?". Pois é: o que eu posso responder para o cidadão???

Minha resposta, muda, quieta, encolhida, na forma de um blog, está aqui. Estou tentando me livrar, estou conseguindo. Passo a passo, um dia de cada vez, comemorando cada pequena vitória. Eu vou conseguir porque não vejo mais razão para continuar fumando. A dependência psicológica estará sempre aí para me tentar, para me testar. Como fica claro a partir do título do blog: no meu castelo, mando eu. Ou, pelo menos, quem tem que mandar sou apenas eu.

segunda-feira, agosto 25, 2008

Coerente

Estatísticas

Resolvi postar novamente ao observar meu quitômetro: mais de 1000 cigarros não fumados, o equivalente a 50 maços de Marlboro Lights! Quase R$150 poupados. Com essa grana, ofereci-me a primeira recompensa: comprei um óculos de sol na última quinta-feira. Incrível, não? Valeu a pena!!

Percebi que tem algo errado com o meu quitômetro: ele aponta para 1 mês e 1 semana, o que dá 38 dias (se o mês for de 31 dias). Mas já foram 40 dias, como atesta corretamente o fumômetro (o último cigarro foi apagado precisamente à 1h do dia 16/07). Alguém sabe qual é o problema?

Abs

Quaresma

Eu não fumei!!!

No último post eu estava há 29 dias sem fumar. Hoje completei 40 dias - uma quaresma, tempo equivalente ao período entre o carnaval e a páscoa. Fiquei ausente primeiro porque foi um período relativamente tranquilo da minha empreitada, segundo porque saí de férias e não tive como postar nesse período.

Passei por provações complicadas durante as férias. Hospedei em minha casa um grande amigo fumante (Met), que não via há cerca de 1 ano - e depois fiquei hospedado em sua casa por 2 dias. Ele fuma desde os 14 anos (está com 40 agora) e atingiu a impressionante marca de 60 cigarros/dia no momento. É bizarro como ele sempre está com manuseando um cigarro - seja acendendo, apagando ou simplesmente fumando. Os cigarros estavam ali no cinzeiro, queimando, em todos os momentos, literalmente. Pegar um deles e dar apenas um trago era coisa corriqueira: eu sempre fazia isso quando encontrava Met. Não fiz!!! Depois viajamos Rio-Guarujá no meu carro - ele deve ter fumado uns 15 cigarros nesse trajeto, no banco do carona! Foda!!! Acho que resistir a este encontro foi uma vitória sem precedentes até o presente. Depois disso, uma baladinha com fumantes ao meu lado não tem o mesmo significado, ou seja, não tenho mais tanto medo quanto antes. Obrigado, Met!

No mais, o que acontece? Não tenho conseguido (ainda) fazer os desejados exercícios. Minha vontade é começar a fazer natação o mais rápido possível, mas ainda não o fiz. Joguei bola na última quarta e saí quebrado. Definitivamente, os exercícios devem acompanhar a saga do abandono do cigarro, tanto pelo bem químico que eles proporcionam, como pelo combate ao quilos adicionais que aparecem mesmo, sem dó. Este é o novo desafio a que me proponho.

Em um próximo post: as conversas com amigos fumantes sobre o porquê de e como parar.

quinta-feira, agosto 14, 2008

29 dias

Mais de 100 reais poupados. Mais de 36 maços de cigarros não fumados. Isto é mais de 3 pacotes daqueles que se compra em supermercados ou lojas de conveniência de postos de gasolina. E eu não completei nem um mês ainda.

A fissura já não bate com tanta força. Em algumas horas parece mais difícil de resistir do que em outras. Ontem eu fui jogar sinuca, tomando cerveja, e bateu uma vontade momentânea, logo esquecida, apesar dos cigarros ao meu lado. O cigarro é muito presente.

Lys disse hoje que daqui a pouco serão 4 meses, e não 4 semanas. Isto que é otimismo. Tenho medo da recaída, de tragar um pouquinho só que seja. Por outro lado, sinto-me forte para não fumar, pelo menos por enquanto. A batalha é realmente diária. Esta é a parte mais importante de tudo, o inevitável embate mental. Hay que endurecer!

Abs

sexta-feira, agosto 08, 2008

23 dias (ou A uma semana de completar um mês)

Meu fumômetro aponta quase 30 maços de Marlboro Lights deixados de fumar até o momento!!! Estou quase chegando na contagem de meses, e parece que já faz tanto tempo!

Saí ontem à noite com Lys e outros amigos, sentamos em um restaurante aberto com os fumantes à nossa volta. Não tive problemas. Não são momentos como este que me causam mais fissura e novos capítulos do embate mental. É mais difícil resistir quando estou sozinho, seja voltando para o trabalho após um almoço, seja em um ponto de ônibus. Mas meu problema principal ocorre mesmo quando estou sozinho em casa.

Ontem mesmo, depois do restaurante, eu cheguei em casa sozinho e o amigo que estava hospedado em casa havia deixado seu maço de Carlton sobre a mesa da sala, vazio. Balancei o maço como que a confirmar que ele estava vazio e... voilà: havia um cigarro solitário em seu interior! Na hora não dei muita bola, arrumei minhas coisas e fui dormir. Ao acordar hoje, meu amigo já havia voltado para São Paulo e seu maço ainda estava na mesa. Não sei se foi de propósito, como que me convidando a fumar só unzinho (o que eu não acho do seu feitio).

Mas o fato é que havia um cigarro em casa pela primeira vez desde o dia 16 de julho! Peguei-o, cheirei-o, coloquei-o entre os dedos, na boca, cheirei-o de novo (não sentia este cheiro há tempos, lembranças de infância cheirando os cigarros da minha mãe), para finalmente o quebrar e jogar no lixo. Ô praga! Depois disso, tudo o que senti foi um alívio e um aumento na confiança em minha decisão tomada. Tenho que repetir isto como um mantra... E pensar nas coisas boas que virão, pois é isto que faz manter a motivação. Mas é foda, eu sei!!! Tem que ser persistente, com muita força anti-vontade!

Abs

terça-feira, agosto 05, 2008

20 dias

20 dias sem fumar! Fiquei sem internet no final de semana e ontem o dia foi meio corrido para postar. Mas cá estou, ainda sem ter fumado!

Novas provações... Lys viajou a trabalho no sábado, e à noite eu fui a uma festa de amigos (alguns fumantes). Mais uma vez o maço estava logo ali, os cigarros para serem filados estavam bem na minha frente. Não peguei! Uma das amigas fumantes perguntou-me se eu havia parado de fumar. A resposta, já decorada, é: estou tentando parar. Não acho que eu já poderia dizer que parei... infelizmente, é a verdade.

Na sexta-feira, dois episódios. Fui a um concerto no Theatro Municipal. A orquestra mal havia começado a tocar e um senhor sentado duas cadeiras abaixo da minha começa a tossir descontroladamente, aquela tosse sem ar, típica de fumante. Ele simplesmente não conseguia parar de tossir! Pensei naquela pergunta "será que a gente só se dá conta que o cigarro faz mal quando ele realmente faz mal?".

Digo isso porque quando penso em mim fumando, eu fumo um maço ou mais por dia. Se eu conseguisse fumar 3 cigarros por dia, não ia querer parar. Mas eu sei que não consigo e, por isso, não posso fumar o primeiro, o unzinho. Mas acho que estou chegando no ponto de só lembrar do cigarro bom, da tragada boa. E de não lembrar que ele vai mesmo me fazer mal, porque eu não consigo me controlar e fumar pouco, só muito. Então, nada feito. É fundamental lembrar que um cigarro é bom, mas ter sempre consciência que EU não vou ficar com apenas um.

O outro episódio: no intervalo fui interpelado por um amigo fumante para irmos à varanda fumar. Respondi que tinha parado, para logo emendar com uma risadinha: "é, na verdade, estou tentando..." (o que é a mais pura verdade). Mas fiquei lá, rodeado pelos fumantes, observando-os. A fumaça do cigarro alheio ainda não me incomoda a ponto de me fazer não ficar junto dos fumantes. Ao mesmo tempo, é outro barato porque você só respira a parte "ruim" do cigarro, o que te dá prazer (a nicotina) não está lá. Então não tem muita graça mesmo, é só uma lembrança do cheiro.

Vinho: sua dica é, na verdade, o meu objetivo. Aumentar gradativamente a frequência e intensidade dos exercícios físicos, conforme a capacidade respiratória aumenta. E como aumenta!

Will: Força, meu caro! Prepare-se para uma batalha mental. E não deixe de avisar dos progressos (ou não)!

Agradeço muito a força de todos e peço desculpas pelo tempo sem postar... Consertei a internet ontem! Abs

quinta-feira, julho 31, 2008

15 dias

Completei 15 dias sem fumar. Não posso dizer que está sendo fácil. Já são quase 20 maços de Marlboro Lights não fumados!

Talvez seja hora para um breve balanço do que já aconteceu... Acho que nos dois (ou três) primeiros dias, fiquei irritadiço, impaciente. Confesso que fiquei com dúvidas e chorei, amedrontado com a possibilidade de não ser forte o suficiente e fracassar mais uma vez. É muita pressão! Tive um pouco de tremedeira na perna e dificuldade de manter a respiração em alguns momentos. Mas foi passageiro, após me concentrar um pouco e respirar profundamente, melhorei.

Depois disso, já vivenciei diversas ocasiões em que eu normalmente fumaria muitos cigarros. Churrasco, mesa de bar, jogo de futebol, tomar vinho em casa. Considero uma coisa boa não ter abolido estas práticas (ainda que momentaneamente). Acho que seria pior encará-las posteriormente, portanto eu poderia dizer que estou preparado para elas.

A vontade de fumar é uma coisa que me persegue. Na rua, no carro, em casa. Principalmente em casa. Na segunda-feira fui assistir ao filme Nome Próprio. Caramba, Leandra Leal & Cia fumam durante o filme inteiro! Ela fuma tal qual Jean-Paul Belmondo em "Acossado". Há tempos não me lembrava de ver tanto cigarro no cinema! Mais uma coisa que contribui para as vontades de encontrar com "ele"...

Concordo com alguém que disse que o ócio é o grande obstáculo para o sucesso em parar de fumar. Por outro lado, enfrentar o ócio pode nos tornar mais fortes e decididos. Considero que existem três grandes desafios no momento para mim: 1) não fumar nem unzinho; 2) pensar menos em fumar unzinho; 3) dissociar mentalmente ações corriqueiras (dirigir, esperar um ônibus, tomar um café) do hábito de fumar. O que ainda me prende é a idéia de que um cigarrinho pode ser bom. Sim, pode ser bom, mas NUNCA é só um cigarrinho.

Sobre o que você disse, Will: puxa, sinto-me feliz por contribuir de alguma forma com a sua decisão. É difícil, não é de uma hora para outra que se assume uma outra postura. Como eu disse, faz-se necessária uma árdua e meticulosa batalha mental! No meu primeiro dia sem cigarro, encontrei na internet os blogs dos BCTs. Nossa, foi um alívio!! Os relatos são muito reconfortantes e te fazem ver que sim, há vida, há esperança, há felicidade depois da abstinência. É claro que nós sabemos disso, mas a falta do cigarro (fissura) torna estes pensamentos mais distantes. Eu acho que o blog é uma ferramenta muito útil e sincera nessa empreitada. Para mim, tem sido fundamental como um incentivo, um algo mais para me dar forças. Na minha opinião particular, acho que acordar e não fumar é mais fácil do que parar de uma hora para outra no meio de um dia em que você já fumou. Então, Will, muita força de vontade e coragem para começar!!!

Beto: Caramba, não é que você tinha razão? O xadrez mental (nível grandes mestres) continua! Gostei da brincadeira dos bispos escondidos, torres à espreita e damas propagandeando cigarros por aí... É mais ou menos isso mesmo. O xadrez é realmente incrível e permite analogias perfeitas em muitos aspectos da vida.

Claudio: Seja bem-vindo! Logo você, que já não fuma há quase dois anos e meio! Minha nossa, eu quero muito chegar lá (aí).

Mary: Seja bem-vinda! Parabéns pelo blog, é muito inspirador. Esse jeito de falar "dele", super característico seu, é muito divertido e apropriado. Ô praga!

Vinho: Apareça sempre! Serei sempre agradecido pela força!

Abs

quarta-feira, julho 30, 2008

Duas semanas

Duas semanas. Passei da primeira!!!!

Continua não sendo nada fácil largar "dele", como diz a Mary. Darei dois exemplos: ainda há pouco eu terminei de almoçar e precisava andar cerca de 5 minutos de volta ao trabalho. Tão logo pus-me a caminhar, dois fumantes saíram de um prédio e acenderam seus cigarros com longos tragos. Confesso que segui aqueles cigarros e pensei (mais uma vez) em quão bom seria comprar um avulso ali na banca e fumar. O outro exemplo ocorre na minha casa, à noite. Como faz falta um cigarro! Nesta frase está um dos mais duros reflexos da minha luta: faz falta só na minha cabeça! Meu corpo não precisa dele, ou melhor, ele prejudica o meu corpo, e muito! Então, foco lá na frente, nada de cigarros, nada de cigarros!

Mais duas semanas e eu estarei sem fumar há quase 1 mês. Até lá, o dilema continua sendo diário e os peões seguem avançando lentamente, para um dia, quem sabe, subtraírem algum peão inimigo en passant, antes de chegarem do outro lado, preparando o xeque-mate.

segunda-feira, julho 28, 2008

Uma dúzia de dias (ou Por que quero parar de fumar?)

12 dias completos e mais algumas horas - cerca de 15 maços de cigarros não fumados.

Passei por mais três grandes provas no final de semana: sexta à noite, depois de um churrasco; sábado à noite, em uma festa de aniversário; e domingo à tarde, durante um jogo de futebol assistido com amigos fumantes. Vontade de fumar? Muuuuiiitaaaaaaaaa! Em vários momentos imaginei a tragada e a fumaça, elas estavam logo ali, na minha frente. Confesso que desanimei um pouco ao perceber (ou melhor, ao ter certeza) que esta vontade e estes pensamentos permanecerão comigo por muito tempo ainda. Vai demorar muito para encarar um cigarro e não ter vontade de tragá-lo, se é que isso vai realmente acontecer algum dia. Por outro lado, é bom resistir nesses momentos, chegar em casa sem ter fumado, acordar sabendo que passou mais um dia sem cigarros. Esta é a parte reconfortante.

Estes pensamentos e "viagens" da cabeça são partes fundamentais do processo descrito por outros e vivenciado duramente por mim: parar de fumar é de fato uma luta de você contra você mesmo. De um lado está você, fumante, que se lembra vivamente daquele maço de cigarro novo, cheio, daquela tragada boa, de soltar a fumaça, da companhia que o cigarro te faz em vários momentos e, principalmente, de como seria bom fumar um cigarrinho agora. Do outro lado está você, (futuro) ex-fumante, que, após meticulosa e árdua batalha mental, reuniu argumentos concretos e decisivos que te fizeram bancar esta empreitada.

Considero oportuno o momento para uma exposição dos motivos racionais que me fizeram tomar esta desaventurada decisão. Por que quero parar de fumar? Comecemos com um texto retirado da internet (não me lembro de onde, acho que era um site português), bastante pertinente para a questão: "Todos sabemos que fumar causa elevada dependência em virtude de uma série de compostos que vão viciar o organismo. Dizem os estudiosos e cientistas que num cigarro estão presentes 4.000 substâncias, das quais 40 têm características cancerígenas. Ao acender o cigarro com o isqueiro, tenha em conta que o fez utilizando gás butano. Depois de aspirado e no trajeto entre a boca e os pulmões o fumo transporta metropeno (inseticida), benzeno (solvente químico), monóxido de carbono, cianeto de hidrogênio, nitrosamina, polônio (um dos componentes do lixo nuclear), amônio, cádmio (usado nas baterias dos carros), acetona, terebintina (diluente de tinta), naftalina, fósforo (usado em veneno dos ratos) e até formaldeído (composto utilizado para conservar cadáveres). Estes são alguns dos produtos considerados extremamente perigosos".

Bom, então a primeira questão é: eu tenho consciência plena de que, em cada cigarro fumado, há substâncias químicas perigosas para minha saúde. Como consequências do tabagismo e das diversas substâncias nocivas encontradas nos cigarros, alguns danos ao meu corpo poderão porventura acontecer, entre eles: câncer (em vários lugares, como pulmão, boca, garganta, pâncreas, bexiga, etc); enfisema pulmonar; deficiências circulatórias, que poderão desencadear quadros de infarto, AVC e impotência sexual, por exemplo.

Fiquemos com estas perspectivas sombrias apenas, e falemos agora do que já acontece com o meu corpo. Eu gosto de praticar esportes, principalmente jogar futebol, nadar e correr (nesta ordem). Percebi minha capacidade e condicionamento físicos diminuírem gradativamente ao longo dos anos. Ao mesmo tempo, como cada vez "aguentava" menos exercícios, além de ter cada vez menos tempo e disposição, fui engordando gradativamente. Eu sou o que poderíamos chamar de gordinho: nem gordo, nem magro. Para mim esta é uma das nuances mais animadoras de parar de fumar: tenho certeza que, com isso, vou ter mais disposição e vontade de praticar esportes e, a longo prazo, vou acabar perdendo peso e ficando mais em forma.

Uma outra questão diz respeito ao cheiro do fumante. Eu fedia - e sabia disso. Minha casa, minhas roupas, meu carro, minhas mãos, enfim, nada escapava incólume da fumaça. Ainda mais um motivo é que há cada vez menos fumantes, e cada vez menos tolerância com eles. Isto muitas vezes funcionou como um incentivo para eu fumar mais um cigarro - para deixar claro que eu não era submisso aos brados propagandistas de que fumar, agora, não era mais legal. Era como o Donald Rumsfeld aparecendo uma hora em conversa animada com o Saddam Hussein, e outra hora lançando bombas sobre Bagdá (o problema é que, nesse caso, EU era o Saddam!). Voltando ao assunto, o último aspecto é o do convívio social. Entre fumantes (e, reconheçamos, entre alguns não-fumantes também), existe uma grande tolerância. Lembro-me de uma viagem para Florianópolis em que eu e um amigo ficamos hospedados na casa de um casal, todos os quatro fumantes de Marlborão. Minha nossa, acho que nunca fumamos tanto! Juntos, até os olhos arderem!!!

Mas a verdade é que situações como esta são exceções atualmente. Há cada vez menos fumantes e cada vez menos não-fumantes dispostos a nos tolerar! Adotamos então diversas estratégias: fumar nos fumódromos sujos, sair dos bares para fumar um cigarro na rua e voltar (repetindo esta atitude umas 10 vezes em uma noitada), sair do aeroporto para fumar um cigarro (carregando a bagagem), querer ir embora de alguns lugares porque não se pode fumar nele, abreviar visitas (!) a parentes ou amigos radicais porque não se pode fumar (e acender um cigarrinho assim que sair de lá, ou entrar no carro). Em suma, retratos da dependência. Da carência. E da falta de perspectiva de assumir uma outra postura frente ao cigarro.

É a isto que me proponho nesse momento: mudar minha postura. Eu quero parar de fumar! E pretendo conseguir. Para isso, não posso esquecer os motivos que me fizeram chegar até aqui. Tampouco esquecer o que me fez ter insucessos em outras ocasiões. Mas isto será motivo para um outro post.

Vinho, Ferro e Beto: é foda, mas estamos aí! Admiro vocês pela persistência e pelo sucesso. Eu sei muito bem pelo que já passaram (e vocês sabem muito bem o que eu passo...). Parabéns para os três e obrigado pela força! Visitarei o site do Ferro, Beto. Força nesse começo é o que eu (e acho que todos no mesmo estágio) mais preciso. Meu "xadrez mental" está atingindo níveis de grandes mestres em apenas 12 dias!!!

Abs

sábado, julho 26, 2008

Dois dígitos

10 dias sem fumar! Primeira grande marca pessoal alcançada.

sexta-feira, julho 25, 2008

Nove dias

Nove dias. Ontem foi tranquilo, acho que foi o dia que menos senti falta do cigarro. Não bebi álcool, dormi cedo e muito bem. 1h da manhã eu chego aos dois dígitos!

quinta-feira, julho 24, 2008

Oito dias

Estou já no nono dia sem cigarro. Pouco mais de 10 maços de Marlboro Lights já deixaram de ser fumados. Durante o dia está sendo mais tranquilo do que de noite, que é quando eu fumava mais, especialmente se ficasse sozinho em casa.

Ontem passei pela maior prova de fogo até o momento. Fiquei tomando uns chopes com a Lys até por volta de 21h15, quando saí do bar para ir até a casa de um amigo ver um jogo de futebol. Pouco antes disso, este amigo ligou pedindo-me para levar um maço de Marlboro Lights pra ele (ele ainda não sabia que eu tinha parado, embora acho que teria pedido mesmo que soubesse). Beleza, comprei o cigarro (!!) e fui para lá. E lá assisti ao jogo ao lado de dois fumantes, tomando cervejas! A vontade veio forte e passou, eu me segurei. E, mais uma vez, voltei para casa feliz por ter conseguido resistir. Seria bom dar uma tragada, sentir o cigarro. Mas o que eu já alcancei (que eu sei que realmente foi difícil) é melhor do que qualquer consumo de nicotina. Não reclamei da fumaça, nem tive problemas.

É isso aí, rumo aos dois dígitos! (hehehe - a marca de 10 dias está próxima).

quarta-feira, julho 23, 2008

Primeira semana

1 semana sem fumar! Completei 7 dias de abstinência, coisa que não conseguia há muito tempo. Não fumei nada durante esses dias! Estou feliz e creio que as coisas tendem a melhorar. A fissura bate e vai embora.

Hoje é o primeiro dia que não estou com chiclete ou balas por perto. Ainda não comecei a soltar aquele "catarro" pigarrento, com placas pretas, característico de quando se pára de fumar. Porém, de vez em quando, rola uma tosse forte e sai um pouco de sujeira. Estou sentindo melhoras no olfato e paladar, mas nada muito drástico ainda. Agora é continuar pensando em um dia de cada vez, sem pressa. Depois de 12 anos, estou realmente convicto de que não preciso do cigarro!

Vinho: valeu pelos comentários e pela força! Estamos juntos aí na luta. Parabéns aí pelos 300 dias!!!

Beto: obrigado pela força! Tamos aí.
Abs

terça-feira, julho 22, 2008

Drops

Compilação de trechos interessantes de textos encontrados na internet e em blogs de colegas dos BCTs. Trata sobre a abstinência e os dilemas de fumar ou não fumar... E também sobre algumas coisas boas de parar de vez com o vício. Estes trechos são importantes para mim porque me fazem reafirmar a minha decisão de parar. É sempre útil reler!

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Dos sintomas da síndrome de abstinência: O organismo volta a funcionar normalmente sem a presença de substâncias tóxicas e alguns fumantes podem apresentar (varia de fumante para fumante) sintomas de abstinência como fissura (vontade intensa de fumar) dor de cabeça, tonteira, irritabilidade, alteração do sono, tosse, indisposição gástrica e outros. Esses sintomas, quando se manifestam, duram de 1 a 2 semanas.

Lembrar sempre que "um cigarro nunca é suficiente"; e que "é mais fácil ficar sem nenhum do que com apenas um".

Vencer esta primeira semana é o mais difícil de todo o processo!

É um divisor de águas entre a possibilidade de pegar um cigarro, acender e mandar tudo prá PQP, ou continuar na árdua e ingrata luta contra o vício, de certa forma mais ameno, mas tão ou mais perigoso que o primeiro dia de abstinência. É uma luta de você contra você mesmo!!

O problema de parar de fumar é que você briga com você mesmo o tempo inteiro. Seu cérebro querendo mais nicotina e você nem um pouco disposto a ceder aos caprichos cerebrais. Parece que mesmo que eu me distraia com qualquer coisa, meu cérebro se mantém vigilante e me lembra a todo instante que ele gostaria muito de um cigarro, inclusive nos sonhos!

A sensação de prazer é muito relativa e traiçoeira. Fumar durante um momento alegre traz prazer sim. Geralmente, passamos a fumar justamente em situações prazerosas, e passamos a associar o cigarro a prazer. Depois de viciado, passamos a fumar mecanicamente e a sensação de prazer praticamente some. E é aí que o cigarro lhe trai: a nicotina, que antes lhe dava prazer, passa a causar dependência e exige que você fume em períodos cada vez mais curtos. E aí você percebe que o cigarro deixou de lhe fornecer prazer para lhe trazer problemas.

Não quero esperar alguma coisa grave para tomar uma atitude paliativa.

Parece que nós só acreditamos que o cigarro nos faz mal quando ele realmente nos faz mal. E não adianta nos enganarmos, pois sabemos das consequências do fumo em nossa saúde e não tomamos nenhuma atitude para mudar o rumo da vida. A verdade é clara: ou você pára de fumar para sempre, ou você sempre correrá o risco. E é quase certo que você viverá menos do que se não tivesse o hábito de fumar.

Eu não admitia, mas quem fuma é por insegurança pura. E hoje eu tenho consciência disso. Esteja certo: você vai se arrepender de não ter parado antes.

O único prazer que encontrava estava no fato de aliviar o desprazer que a abstinência de determinado período me causava, ou seja, o prazer encontrado era o próprio desprazer que a falta do cigarro proporcionava.

A dor ou o prazer do presente sempre serão mais intensos que os do futuro. E assim o tempo prega peças na razão, a ponto de a gente admitir a possibilidade de uma grande dor amanhã só para poder ter a certeza de um pequeno prazer hoje. Nesse paradoxo se esconde o desafio essencial de parar de fumar.

Vou poder ir à casa de qualquer pessoa SEM FICAR LOUCO DE VONTADE DE IR EMBORA PARA FUMAR UM CIGARRINHO!

A lógica de um fumante em abstinência não é previsível, bem como seu humor. Alterna de euforia plena para melancolia profunda em poucos minutos, tudo muda em função do pensamento recorrente sobre a vontade de fumar novamente.

Sexto dia

Completei o sexto dia. Agora estou prestes a fechar a primeira semana!!! Ontem tomei vinho com a Lys pela primeira vez... Foi novamente difícil resistir ao cigarro. Por outro lado, foi bom acordar e ver que eu não tinha fumado! Coisa louca.
Vinho, valeu pela força! Tamos aí.

segunda-feira, julho 21, 2008

Quinto e sexto dias

Estou já no sexto dia sem fumar (faltam ainda 12 horas).
Ontem foi tranquilo até depois do almoço. Quando cheguei em casa (foi o primeiro domingo sem cigarro), bateu aquela vontade de fumar, foi duro resistir. Creio que se não tivesse "matado" os cigarros antes de parar, haveria fatalmente acendido um. Porém, depois que a vontade passou (seja comendo, mascando chiclete, dormindo), senti-me bem e feliz comigo mesmo por não ter cometido o erro.
Hoje é segunda-feira, não saí muito do escritório. Ainda não consegui voltar completamente à rotina que fazia com o cigarro. Contudo, mais cedo ou mais tarde isto vai acontecer e eu tenho que estar preparado para encarar.

domingo, julho 20, 2008

Quarto dia

Primeiras estatísticas: pouco menos de 15 reais poupados, quase 100 cigarros que não foram fumados. Com 15 reais dava, vejamos, pra ir de Campinas até São Paulo (será que ainda dá?), para comprar um DVD, para tomar 5 cervejas e comer 1 queijo na praia de Ipanema.

Hoje deu uma vontade grande de fumar... fissuuuraa!! Fui em um churrasco e tomei umas 3 latinhas. Não havia fumantes na área. Ainda não comecei a soltar muito pigarro.

Acho que o primeiro mês sem é crucial. Tenho que escrever os posts: por que vou parar de fumar; coisas sobre fumar que não posso esquecer; relações dos tipos quanto aos fumantes; como vai ser depois? escrevo para não esquecer.....

sábado, julho 19, 2008

Novos amigos

Adicionei hoje os links para alguns blogs que tenho visitado e que fazem parte dos BCTs, tão comentados. Pois bem, tornei-me um, creio eu. Sejam bem-vindos, amigos. Não os conheço, mas tenho certeza que encontrarei amigos entre vocês. E tenham certeza que, de mim, receberão apoio e amizade. Afinal, mesmo sem conhecer ninguém, eu já encontrei isso lendo seus blogs. Desde já, eu agradeço. Não sei se vocês saberão que eu incluí seus links. Caso eu não veja resposta, tentarei avisá-los por meio de seus próprios blogs. Abs, K.

Terceiro dia

Não foi tão ruim quanto esperava. Mal saí de minha mesa durante o dia, é verdade. Não almocei nem hoje, nem ontem. Tenho medo de visualizar a rotina! Mas estou me alimentando (mal), só que em outros horários. Tenho mascado muito Trident de canela, chupado pastilhas Valda e Tic Tac laranja! Mas estou mais calmo e não experimentei nenhum outro sintoma além de um pouco de ansiedade e irritação. No trabalho, tenho ficado com um fone de ouvido ao longo do dia inteiro, escutando exclusivamente música clássica. Pedi desculpas - e licenças - aos colegas, que compreenderam. Joguei futebol pela primeira vez e já senti uma diferença no fôlego. Não sei se corri mais porque sabia que não tinha fumado, ou se já foi um efeito de ter "parado".

Na quinta e na sexta bebi cervejas durante a noite. Na quinta, na casa do meu irmão, e na sexta em um bar-restaurante. Pela primeira vez, fumantes soltaram suas fumaças do meu lado. Não foi difícil de resistir, tampouco fiquei incomodado. Mas, se bem me lembro das outras vezes que parei, mais cedo ou mais tarde a fumaça vai me incomodar, sim.

sexta-feira, julho 18, 2008

Breve histórico

Hoje é o terceiro dia sem fumar. Meu fumômetro indica que já deixei de fumar 3 maços de Marlboro Lights: uma pequena, porém importante, marca para mim. Durante muito tempo, fumei mecanicamente em diversas situações (OBS: Note que estou usando o pretérito perfeito por pura conveniência pessoal. Não considero que esta realidade está apagada, ou será apagada, tão cedo do meu corpo). Acordava e acendia um cigarro, quase que um ato reflexo. Às vezes isto não acontecia, ora porque meus cigarros tinham acabado na noite anterior, ora porque eu simplesmente evitava fumar (por exemplo, quando acordava junto com a minha namorada, que chamarei de Lys, eu só acendia o primeiro cigarro depois de tomar o primeiro gole de café preto. Só que eu passava esse café o mais rápido possível...). Pois é, do primeiro para frente, os cigarros sucediam-se de modo mecânico entre meus dedos. Minha trajetória tabagista ocorreu nas três cidades em que eu morei: Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, nessa ordem.

Em Campinas, fumei durante a faculdade (graduação e mestrado). Foram 6 anos fumando, salvo um breve período de 5 meses. Fumava entre as aulas. Fumava entre os experimentos: eu descia para o instituto com um cronômetro piscando quantos minutos eu ainda tinha para fumar antes de voltar para o laboratório. Tinha vários colegas fumantes nesse grupo, na real, éramos mais fumantes do que não-fumantes, o que é um paradoxo, considerando se tratar de um laboratório de biologia molecular. Fumava depois do laboratório (cervejinha pós-expediente) e fumava muito em casa também. Quando eu viajava para o Rio, onde moram meus pais e irmãos, era diferente. Nunca fumei na frente dos meus pais (salvo uma ou outra "surpresa"), portanto eu simplesmente não fumava enquanto estivesse com eles. É estranho pensar nisso, ainda mais nesse período de abstinência. Quando isso acontecia, eu não lembrava muito do cigarro e a fissura não era muito pesada. Mas, quando saía de casa, comprava meu maço de pronto e curtia mais uma noite de fumaça. Nesses tempo vividos em Campinas, tive pelas primeiras vezes falta de ar quando dormia. Às vezes, após fumar muito durante um dia e noite, acordava com dispnéia, dificuldade de respirar. Tinha que dormir de bruços ou de lado, pois de barriga para cima era difícil.

Em São Paulo, para onde fui para fazer doutorado, foram mais 3 anos e meio de fumante. Morei com um amigo que fumava cigarro de cravo, como já disse. Às vezes eu filava uns tragos dos cigarros dele. Mas continuava fumando muito meu Marlboro Lights. No meu novo grupo de laboratório, tinha apenas uma colega fumante, mas quase sempre arrastávamos um outro pequeno grupo para nos acompanhar nas baforadas, para conversar. Nesses tempos, namorei uma mulher fumante. Era incrível como fumávamos juntos. Um arrastando o outro para mais um cigarro. Eventualmente, nos brindávamos com o famoso maço de Marlborão vermelho. Comprávamos meu Marlboro Lights, o LM dela e um Marlborão. Pode um troço desses? Durante todo esse tempo, em poucos dias fumei menos do que 15 cigarros. Experimentei também em São Paulo algumas crises para dormir. Tinha falta de ar em algumas noites, não tenho dúvidas que decorrentes do cigarro. Trabalhei um tempo com coletas de dados experimentais muito demoradas, de hora em hora por até 48 horas. Os intervalos eram invariavelmente aproveitados com cigarros e mais cigarros, "enquanto dá tempo pra mais um"...

Depois que voltei a morar no Rio, fiquei na casa dos meus pais por 5 meses. Nesse período, fumei cerca de 7 cigarros por dia, que era o mínimo que eu conseguia: um antes do trabalho, um no intervalo da manhã, um antes do almoço, um depois do almoço, um no meio da tarde, um antes de voltar para casa e um de noite. Moro sozinho desde janeiro de 2007 e uma das razões que contribuiu para isso foi, sem dúvida, poder fumar meu cigarrinho em paz. Ano passado eu tive uma tese de doutorado para escrever, penso que sem cigarro, naquele momento, seria simplesmente impossível. Agora estou em um bom momento e acho que a tentativa tem futuro e tudo para dar certo. Assim seja!

quinta-feira, julho 17, 2008

Nicotina

Nicotina é um alcalóide (substância orgânica nitrogenada existente nas plantas e em alguns fungos), encontrado nas folhas do tabaco (Nicotiana tabacum), planta originária das Américas. Absorvida por via oral ou pulmonar, chega ao cérebro em segundos e depois, dissolvida no sangue, vai sendo excretada rapidamente. Quando os neurônios percebem que ela está escapando dos receptores, provocam um grau de ansiedade que só quem foi fumante sabe o que representa. É a crise de abstinência. Entre as mais de 4.700 substâncias nocivas presentes no cigarro, a nicotina é a responsável pela dependência, que é maior do que a de drogas como a cocaína e a heroína. As primeiras tragadas que o indivíduo dá na vida, em geral, são acompanhadas de tontura, enjôo, mal-estar. Depois, trazem sensação de prazer fugidio e, em curto espaço de tempo, alterações de humor causadas pela privação da droga. Assim, cigarro após cigarro, o organismo do fumante e do não-fumante que convive no mesmo ambiente vai sendo minado e a saúde dos dois seriamente comprometida.

A nicotina faz aumentar no cérebro os níveis de dopamina, um neurotransmissor que dá a sensação de bem-estar. Portanto, pense como Neo em Matrix: THERE'S NO SPOON, YOU HAVE TO FREE YOUR MIND.

OBS: Tirando a última frase, o resto é do Drauzio Varella.

Fissura

Nessas primeiras horas de abstinência, estou encontrando muito conforto na leitura de posts antigos de blogs de outros ex-fumantes (ou futuros ex-fumantes), como Cigarro e Silêncio, Tabagista Anônimo e Vinho sem cigarro. São alguns dos que eu encontrei até agora. Vocês não sabem como são úteis os relatos, como você se lembra deles quando bate a fissura. Ontem foi tecnicamente o primeiro dia sem cigarro. Fumei meio Free no final da tarde e disse para mim mesmo que não me permitirei mais semelhante deslize (eu comprava Free quando não encontrava Marlboro Lights). Narrei abaixo duas tentativas de parada anteriores, mas houve outras ocasiões (tal como narrado pelo Tabac nos seus primeiros posts) de abstinência momentânea (não sair para comprar mais cigarro, ou ir para algum lugar onde não haveria como comprar - tipo acampar no Cachadaço na Ilha Grande). Essas outras ocasiões me fizeram ver que realmente as primeiras 72 horas são cruéis. Ontem cheguei a ter tremedeira na perna e dispnéia. Acalmei-me dando respiradas profundas e caminhando um pouco pela sala de meu apartamento. Permanecer no seu ambiente de fumante, pelo menos nesse primeiro dia, é muito difícil. Toda hora vem a fissura. Tive sorte e regozijo quando minha namorada chegou em casa, lá pelas 23hs. Ela não é fumante e contribuiu muito com carinho e cafuné. Ajudou-me a não pensar no cigarro, que é o grande desafio das primeiras horas.

Segundo dia

Estava fumando cerca de 25 cigarros Marlboro Lights por dia. Comecei com 18 anos, no meu primeiro ano de faculdade em Campinas. Antes disso, apenas tragadas esporádicas, conforme terei oportunidade de relatar ao longo do tempo. Tentei parar por duas vezes, antes desta que está sendo tornada pública através do blog. Na primeira vez, eu fumava há cerca de 4 anos e consegui parar por 5 meses. Foi uma época em que fiz muito exercício, comprei uma bicicleta com a qual ia para faculdade diariamente. Tudo ruiu quando quebrei o dedo mínimo do pé esquerdo e tive que ficar uns 2 meses sem jogar bola. Junto com isso, participei de uma noite de "fossa" de um grande amigo meu (fumante), que havia sido chutado pela namorada. Ele fumava um atrás do outro na minha frente e eu não resisti. Fumei naquela noite e no outro dia já comprava - e fumava - um maço. Marlboro vermelho. Fiquei muito tempo com o famoso Marlborão, só passei para o Lights quando já morava em São Paulo. Um amigo meu que fumava Free perguntou-me uma vez: por que você não passa pelo menos para o filtro branco? Acabei mudando e gostei também. Foi em São Paulo que tentei parar pela segunda vez, mas, reconheço, sem o mesmo entusiasmo e decisão que tive na primeira. Não resisti muito tempo. Morava com um amigo que fumava Gudang verde e me via quase que diariamente dando minhas tragadas em seus cigarros. Daí para o Bali Hai e outros cigarros que me mantinham no vício, embora psicologicamente fossem diferentes para mim. Mas não deu certo e voltei para o tabaco normal, pelo menos era mais barato. E agora estou de volta ao Rio, iniciando mais uma tentativa de largar o tabaco. Estou decidido, mas confesso que me assusta e amedronta não ter nunca mais a companhia do cigarro. A fissura é impressionante. Mas estou convencido que, para mim, a única terapia útil é esta: abstinência total e não dar mais tragadas em nenhum cigarro. Eu já percebi, após muito tempo, que não consigo ser um fumante moderado: sou dependente total, fumante inveterado. Portanto, é IMPOSSÍVEL existir meio-termo. Espero, em breve, considerar-me ex-fumante. Por enquanto, sigo conselhos e digo: hoje não quero fumar! Em breve voltarei com relatos das primeiras horas da fissura.

quarta-feira, julho 16, 2008

Primeiro Dia

Comecei hoje, dia 16 de julho de 2008, à 1h da manhã. Vivi o o último dia com cigarro (15/07). Espero ter dormido esta noite para hoje iniciar uma outra fase da minha vida. Fiquei no escritório quase o dia inteiro. Quando saí, comprei um Free a varejo em uma banca de jornal da Praça XV. Fumei meio cigarro, não contabilizado no meu fumômetro do blog, e joguei fora o resto. Espero que seja o último. Espero ter forças para conseguir parar de vez!