sexta-feira, agosto 08, 2008

23 dias (ou A uma semana de completar um mês)

Meu fumômetro aponta quase 30 maços de Marlboro Lights deixados de fumar até o momento!!! Estou quase chegando na contagem de meses, e parece que já faz tanto tempo!

Saí ontem à noite com Lys e outros amigos, sentamos em um restaurante aberto com os fumantes à nossa volta. Não tive problemas. Não são momentos como este que me causam mais fissura e novos capítulos do embate mental. É mais difícil resistir quando estou sozinho, seja voltando para o trabalho após um almoço, seja em um ponto de ônibus. Mas meu problema principal ocorre mesmo quando estou sozinho em casa.

Ontem mesmo, depois do restaurante, eu cheguei em casa sozinho e o amigo que estava hospedado em casa havia deixado seu maço de Carlton sobre a mesa da sala, vazio. Balancei o maço como que a confirmar que ele estava vazio e... voilà: havia um cigarro solitário em seu interior! Na hora não dei muita bola, arrumei minhas coisas e fui dormir. Ao acordar hoje, meu amigo já havia voltado para São Paulo e seu maço ainda estava na mesa. Não sei se foi de propósito, como que me convidando a fumar só unzinho (o que eu não acho do seu feitio).

Mas o fato é que havia um cigarro em casa pela primeira vez desde o dia 16 de julho! Peguei-o, cheirei-o, coloquei-o entre os dedos, na boca, cheirei-o de novo (não sentia este cheiro há tempos, lembranças de infância cheirando os cigarros da minha mãe), para finalmente o quebrar e jogar no lixo. Ô praga! Depois disso, tudo o que senti foi um alívio e um aumento na confiança em minha decisão tomada. Tenho que repetir isto como um mantra... E pensar nas coisas boas que virão, pois é isto que faz manter a motivação. Mas é foda, eu sei!!! Tem que ser persistente, com muita força anti-vontade!

Abs

Um comentário:

Anônimo disse...

Quando comecei minha saga de abstinência, adotei uma técnica meio suicida, Karenin. Comecei a fazer exageradamente tudo àquilo que lembrava o cigarro. Tomava bastante café, cerveja, etc. Não sei se fiz o correto (acho até que não), mas ao menos a fissura quando foi embora, deixou de tomar corpo nessas condições, entende. Não sei se é correto fugir de absolutamente tudo o que fazíamos com a companhia do cigarro. Eu tinha muito medo de ter uma recaída após o primeiro (ou no décimo primeiro, o que é muito mais perigoso, hehe)copo de cerveja. Veja que bacana, você já está há semanas sem fumar mais de seiscentos cigarros. Contando assim parece que o cigarro começa a ficar apenas na lembrança. Parabéns pela sua persistência e um forte abraço!