terça-feira, julho 22, 2008

Drops

Compilação de trechos interessantes de textos encontrados na internet e em blogs de colegas dos BCTs. Trata sobre a abstinência e os dilemas de fumar ou não fumar... E também sobre algumas coisas boas de parar de vez com o vício. Estes trechos são importantes para mim porque me fazem reafirmar a minha decisão de parar. É sempre útil reler!

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Dos sintomas da síndrome de abstinência: O organismo volta a funcionar normalmente sem a presença de substâncias tóxicas e alguns fumantes podem apresentar (varia de fumante para fumante) sintomas de abstinência como fissura (vontade intensa de fumar) dor de cabeça, tonteira, irritabilidade, alteração do sono, tosse, indisposição gástrica e outros. Esses sintomas, quando se manifestam, duram de 1 a 2 semanas.

Lembrar sempre que "um cigarro nunca é suficiente"; e que "é mais fácil ficar sem nenhum do que com apenas um".

Vencer esta primeira semana é o mais difícil de todo o processo!

É um divisor de águas entre a possibilidade de pegar um cigarro, acender e mandar tudo prá PQP, ou continuar na árdua e ingrata luta contra o vício, de certa forma mais ameno, mas tão ou mais perigoso que o primeiro dia de abstinência. É uma luta de você contra você mesmo!!

O problema de parar de fumar é que você briga com você mesmo o tempo inteiro. Seu cérebro querendo mais nicotina e você nem um pouco disposto a ceder aos caprichos cerebrais. Parece que mesmo que eu me distraia com qualquer coisa, meu cérebro se mantém vigilante e me lembra a todo instante que ele gostaria muito de um cigarro, inclusive nos sonhos!

A sensação de prazer é muito relativa e traiçoeira. Fumar durante um momento alegre traz prazer sim. Geralmente, passamos a fumar justamente em situações prazerosas, e passamos a associar o cigarro a prazer. Depois de viciado, passamos a fumar mecanicamente e a sensação de prazer praticamente some. E é aí que o cigarro lhe trai: a nicotina, que antes lhe dava prazer, passa a causar dependência e exige que você fume em períodos cada vez mais curtos. E aí você percebe que o cigarro deixou de lhe fornecer prazer para lhe trazer problemas.

Não quero esperar alguma coisa grave para tomar uma atitude paliativa.

Parece que nós só acreditamos que o cigarro nos faz mal quando ele realmente nos faz mal. E não adianta nos enganarmos, pois sabemos das consequências do fumo em nossa saúde e não tomamos nenhuma atitude para mudar o rumo da vida. A verdade é clara: ou você pára de fumar para sempre, ou você sempre correrá o risco. E é quase certo que você viverá menos do que se não tivesse o hábito de fumar.

Eu não admitia, mas quem fuma é por insegurança pura. E hoje eu tenho consciência disso. Esteja certo: você vai se arrepender de não ter parado antes.

O único prazer que encontrava estava no fato de aliviar o desprazer que a abstinência de determinado período me causava, ou seja, o prazer encontrado era o próprio desprazer que a falta do cigarro proporcionava.

A dor ou o prazer do presente sempre serão mais intensos que os do futuro. E assim o tempo prega peças na razão, a ponto de a gente admitir a possibilidade de uma grande dor amanhã só para poder ter a certeza de um pequeno prazer hoje. Nesse paradoxo se esconde o desafio essencial de parar de fumar.

Vou poder ir à casa de qualquer pessoa SEM FICAR LOUCO DE VONTADE DE IR EMBORA PARA FUMAR UM CIGARRINHO!

A lógica de um fumante em abstinência não é previsível, bem como seu humor. Alterna de euforia plena para melancolia profunda em poucos minutos, tudo muda em função do pensamento recorrente sobre a vontade de fumar novamente.

3 comentários:

Anônimo disse...

Benvindo, cara! Meu nome é Roberto, mas todos no BCT me conhecem como beto (sambura2006). Gostei do seu blog. Fique firme e mantenho o foco na luta. EStamos torcendo. Um abraço. beto

Anônimo disse...

K,

É isso ai, fique firme o pior esta passando, me lembro a última vez que fumava e fui a trabalho na matriz da minha empresa, uma multinacional alemã, o prêdio é todo fechado e proibido fumar, passei a manhã toda alucinado para poder fumar, quando finalmente pensei que ia poder na hora do almoço o nosso Diretor Presidente me convidou para ir ao restaurante no seu carro, é logico que ele não fuma e eu não poderia pedir a ele que esperasse para eu fumar, então esperei até depois do almoço, pois logicamente sentei perto dele no almoço, finalmente no fim do almoço despeistei o pessoal com a desculpa de ir ao banheiro e consegui fumar 1 cigarro as 14:00 hs, a moral da historia é a seguinte: qual o prazer que senti de ficar mais de 6 horas alucinado para fumar 1 cigarro durante pouco mais de 2 minutos, existe explicação? Esta certo, você pode dizer que são situações únicas, hoje em dia já não são mais tão comuns assim, prefiro encarar a cessão completa do que este sofrimento causado pela abstinência, e mudaria alguma coisa se você pudesse fumar a toda hora? Não, seria pior, pois com certeza você iria parar por algum reflexo que iria atingir sua saúde.
Se você quer encontrar um bom motivo para parar e continuar abstemio do cigarro basta ver a razão do problema, não existe lógica, não existe beneficio, não existe nada no cigarro que justifique o vício, apenas a dependencia quimica e pscologica.
Abraços.
Vinho.

A. Ferro disse...

Muito bom esse seu texto. Vejo que você realmente está determinado a parar pela lógica com que expôs a dinâmica do ato de fumar. Não existe nenhum prazer associado ao fumo que se sustente por mais de 1 minuto. Nós é que criamos (pelo vício) a sensação de prazer. Olhe o sábio conselho do nosso amigo Vinho. Pare antes que sejas obrigado a parar como é a maioria dos casos. Um abraço.