quinta-feira, julho 17, 2008

Fissura

Nessas primeiras horas de abstinência, estou encontrando muito conforto na leitura de posts antigos de blogs de outros ex-fumantes (ou futuros ex-fumantes), como Cigarro e Silêncio, Tabagista Anônimo e Vinho sem cigarro. São alguns dos que eu encontrei até agora. Vocês não sabem como são úteis os relatos, como você se lembra deles quando bate a fissura. Ontem foi tecnicamente o primeiro dia sem cigarro. Fumei meio Free no final da tarde e disse para mim mesmo que não me permitirei mais semelhante deslize (eu comprava Free quando não encontrava Marlboro Lights). Narrei abaixo duas tentativas de parada anteriores, mas houve outras ocasiões (tal como narrado pelo Tabac nos seus primeiros posts) de abstinência momentânea (não sair para comprar mais cigarro, ou ir para algum lugar onde não haveria como comprar - tipo acampar no Cachadaço na Ilha Grande). Essas outras ocasiões me fizeram ver que realmente as primeiras 72 horas são cruéis. Ontem cheguei a ter tremedeira na perna e dispnéia. Acalmei-me dando respiradas profundas e caminhando um pouco pela sala de meu apartamento. Permanecer no seu ambiente de fumante, pelo menos nesse primeiro dia, é muito difícil. Toda hora vem a fissura. Tive sorte e regozijo quando minha namorada chegou em casa, lá pelas 23hs. Ela não é fumante e contribuiu muito com carinho e cafuné. Ajudou-me a não pensar no cigarro, que é o grande desafio das primeiras horas.

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