quinta-feira, julho 17, 2008

Segundo dia

Estava fumando cerca de 25 cigarros Marlboro Lights por dia. Comecei com 18 anos, no meu primeiro ano de faculdade em Campinas. Antes disso, apenas tragadas esporádicas, conforme terei oportunidade de relatar ao longo do tempo. Tentei parar por duas vezes, antes desta que está sendo tornada pública através do blog. Na primeira vez, eu fumava há cerca de 4 anos e consegui parar por 5 meses. Foi uma época em que fiz muito exercício, comprei uma bicicleta com a qual ia para faculdade diariamente. Tudo ruiu quando quebrei o dedo mínimo do pé esquerdo e tive que ficar uns 2 meses sem jogar bola. Junto com isso, participei de uma noite de "fossa" de um grande amigo meu (fumante), que havia sido chutado pela namorada. Ele fumava um atrás do outro na minha frente e eu não resisti. Fumei naquela noite e no outro dia já comprava - e fumava - um maço. Marlboro vermelho. Fiquei muito tempo com o famoso Marlborão, só passei para o Lights quando já morava em São Paulo. Um amigo meu que fumava Free perguntou-me uma vez: por que você não passa pelo menos para o filtro branco? Acabei mudando e gostei também. Foi em São Paulo que tentei parar pela segunda vez, mas, reconheço, sem o mesmo entusiasmo e decisão que tive na primeira. Não resisti muito tempo. Morava com um amigo que fumava Gudang verde e me via quase que diariamente dando minhas tragadas em seus cigarros. Daí para o Bali Hai e outros cigarros que me mantinham no vício, embora psicologicamente fossem diferentes para mim. Mas não deu certo e voltei para o tabaco normal, pelo menos era mais barato. E agora estou de volta ao Rio, iniciando mais uma tentativa de largar o tabaco. Estou decidido, mas confesso que me assusta e amedronta não ter nunca mais a companhia do cigarro. A fissura é impressionante. Mas estou convencido que, para mim, a única terapia útil é esta: abstinência total e não dar mais tragadas em nenhum cigarro. Eu já percebi, após muito tempo, que não consigo ser um fumante moderado: sou dependente total, fumante inveterado. Portanto, é IMPOSSÍVEL existir meio-termo. Espero, em breve, considerar-me ex-fumante. Por enquanto, sigo conselhos e digo: hoje não quero fumar! Em breve voltarei com relatos das primeiras horas da fissura.

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